Como o Daniel não vê ligação entre impostos e os problemas que impedem as pessoas de ter filhos, propõe uma solução que passa pela criação de ainda mais impostos. Mas o que quer que o Estado faça para facilitar a vida das pessoas será sempre feito à custa de lhe dificultar a vida através do aumento dos impostos.
É injusto! Tanto que se investe em propaganda para manter a moral e na volta acontece isto: de vez em quando lá vem uma estatística europeia, ou da ONU, medir-nos e pesar-nos e – o que é verdadeiramente embaraçoso e inconveniente para os nossos rapazes que governo após governo tanto se têm esforçado por nós – comparar-nos com os outros!
Não há horários de trabalho impostos, não há falta de uma efectiva rede de apoio ao exercício da paternidade/maternidade, o que há são opções. Não adianta querer ter filhos e manter estilos de vida. Trocar biberões, pediatras e colégios por carreiras, férias e automóveis é uma opção, não é um entrave. Porque de facto, não são os pobres que tem menos filhos, é quem pode. Por opção.