Depois do Calimero, o Pinóquio

Enquanto preparava um exame amanhã tive que ir de urgência comprar um livro de apoio. Acabado de sentar no carro, ligo a T.S.F. e as notícias relatam que o Ministro da Economia alegadamente disse no Parlamento esta tarde qualquer coisa como tinha omitido ao país a real situação do B.P.N. em prol da estabilidade do Sistema Financeiro e que, não fosse isto já suficientemente grave, que considerava o levantar desta a questão, pelo CDS, de irresponsável.

Depois de recentemente me ter insurgido contra a nacionalização do B.P.N e de já na altura se ter levantado a questão (uma hipótese, julgava eu, meramente teórica) do ministro ter mentido ao país, eis que se confirma hoje o pior dos cenário.

Acho que se pode dizer que afinal estiveram naquela conferência de imprensa, não uma, mas sim duas personagens de animação: o Calimero e o Pinóquio.

Numa meio de uma crise mundial radicada na confiança, à beira de uma recessão económica, com um Primeiro Ministro que no meio de uma cimeira Ibero-Americana tem o desplante de dizer publicamente que o país é gerido por governantes e acessores que no seu dia-a-dia usam o Magalhães (e nos leva a acreditar que até 2008 podem muito bem ter usado o do Noddy), o que o país menos necessita é de um ministro mentiroso que acha irresponsável descobrirem-lhe a careca.

Que tipo de gente é esta, que encontra na mentira uma justificação de mercado? E que outras “mentirinhas piedosas” ainda estarão reservadas para nós descobrirmos?

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