Se há coisa que não entendo é esta mania das pessoas escreverem sobre o que não sabem.
Vamos por partes:
1. O casamento religioso não se chama matrimónio (por oposição a casamento, que seria civil), mas sim casamento. Foi o Estado que foi buscar o casamento à Igreja (e esta à natureza humana, com a sua propensão para se agrupar e constituir família) e não o contrário.
2. O objectivo do casamento católico não é apenas a procriação; estão lá também a expressão do amor, a comunhão de vida e mais umas coisas bonitas.
3. A Igreja – como, de resto, qualquer organização – deve expressar a sua opinião sobre aquilo que entender pertinente. E é muito estalinista pretender o contrário.
4. O casamento civil não só é reconhecido (entre pessoas não baptizadas é tão vinculativo, para a Igreja, como um casamento religioso de um católico) como é necessário para o casamento religioso.
5. O local próprio para a Igreja defender os seus pontos de vista é onde a Igreja entender, desde que não viole a lei.
6. É crente e membro clero quem quer, pelo que, sendo-o, aceita as condições prévias. Um bocadinho diferentes são as leis do país, a seguir por todos, crentes ou não, com concordância ou não.