Sim, porque é que, na hora da verdade, ninguém tem poderes nem responsabilidades? Verdade!, uns passam a vida a dizer-nos que não têm poderes e outros, os que excedem os seus poderes, que não têm qualquer responsabilidade pelo resultado obtido.
Ora, é precisamente porque uns se demitem de exercer os seus, mesmo que limitados, poderes, que outros os excedem, aos poderes que têm, sem depois assumir as responsabilidades.
Outra pergunta se coloca aqui: então se não querem ter poderes, porque se candidataram aos lugares? Não viram que não tinham o perfil adequado para o lugar?
Cada vez mais me convenço que, no país, o que se quer é o estatuto, os privilégios do lugar, os direitos digamos assim, mas não os inconvenientes ou as dores de cabeça inerentes, os deveres. Estão a ver?
Fartam-se Suas Excelências de dizer isto mesmo ao cidadão comum: ninguém quer saber dos deveres, só pensam nos direitos, até à náusea, sobretudo depois de o terem esmifrado com impostos que lhes asseguram as reformas vitalícias, além de duplas e triplas, mas quando se trata de, eles próprios, assumir os seus deveres, fogem a sete pés! E quando se trata de assumir a responsabilidade pela ausência do exercício do seu papel ou pelo abuso do exercício do mesmo (no caso dos que excedem os seus poderes), então é mesmo a debandada geral!
Fogem no sentido literal – Guterres, Barroso, …
Exactamente, André.
No sentido literal também…