Com alguns dias de atraso, cá fica mais uma vez a nossa Magnífica Crítica Cinéfila!!!
“…You have to decide if you want to remember or you want to forget…”
E desta feita a nossa escolha recaiu sobre o filme Transe (2013) de Danny Boyle com Vincent Cassel, Rosario Dawson e James McAvoy entre outros.
http://www.imdb.com/title/tt1924429/?ref_=fn_al_tt_1
Ora bem, nem sei exactamente por onde começar… A verdade é que o filme é bom (é surpreendente, para ser mais preciso) sem no entanto ter uma história magnífica nem sequer alguma interpretação acima da média. O truque deste filme está mesmo da “reviravolta” completamente inacreditável que a história dá e que a torna singularmente interessante.
Vamos por partes: Um funcionário de uma leiloeira de obras de arte (viciado em poker e com bastantes dívidas acumuladas) vê na sua profissão uma maneira de arranjar dinheiro fácil para saldar todas as suas dívidas e para isso decide (em conjunto com um bando de “mafiosos”) roubar um quadro avaliado em 28 milhões de dólares. O problema surge quando o jovem leiloeiro (devido a uma forte pancada na cabeça) se esquece literalmente onde guardou o valioso quadro roubado…
…Com recurso a uma “sugestiva” (leia-se: Boazona) Hipnoterapeuta o rapaz vai tentar recuperar a memória de onde guardou o quadro roubado. E tudo isto seria banal se ficasse por aqui… Mas não!!! E se a localização da peça roubada não fosse a única coisa de que este rapaz se esqueceu??? E se ele e a Hipnoterapeuta tivessem já um passado em comum??? E se ele se tivesse esquecido da “pessoa” que foi no passado??? E se a Hipnoterapeuta conseguisse fazê-lo esquecer tudo o que ela quisesse??? E se ela conseguisse ter esse poder sobre outros homens??? E se ela não se importasse de o usar???…
Ah pois é!!! Tudo isto resulta num filme absolutamente hipnotizante (até ao último instante) que aborda o Poder da Sugestão. A capacidade de “entrar” na cabeça de outra pessoa e de ir lá “mexer” num sitiozinho ou noutro… E obviamente (isto apenas para os IRREDUTIVELMENTE CÉPTICOS como eu próprio nestas questões) a capacidade de se deixar sugerir, de se deixar hipnotizar, de se deixar “mexer”…
A não perder, sem qualquer sombra de dúvidas!!! Até a duração do filme é a perfeita: 100 minutos, para não cansar!!!
P.S. – E se, bem lá no fundo, tudo se resumisse à resposta a dar a este dilema quotidiano: “…You have to decide if you want to remember or you want to forget…”.