Sobre a lei da cópia privada e conexos

O governo que se queixa das taxas e taxinhas dos municípios, relativamente à que tenta instituir e que dá parte do título acima, há de receber da minha parte muito pouco. Vejamos os livros. Em primeiro lugar sou um utilizador do Kindle importado dos States. Cópia privada zero, mesmo que venha a vigorar vão lá ao outro lado do Atlântico pedir a minha contribuição.

Consideremos outra questão. O download dos livros também é de lá, tendo muito recentemente adquirido e lido por uma fração do preço das edições portuguesas a Trilogia do Século do Ken Follet (um homem muito atreito a cenas de sexo, by the way – e agora que a palavra sexo aparece no post as visitas vão aumentar em catadupa e assim já me sinto menos culpado) e agora abalancei-me (palavra linda!) para um muito auspicioso Jerusalem: The Biography. Convertam os dólares que gastei e comparem com os euros que isto me custaria em terras lusas. Enriqueço o Sr. Jeff Bezos, bem sei. Mas as editoras de e-books em Portugal, que se dedicam a explorar o consumidor, levam tal como a cópia privada zero, que eu posso ser enganado mas de masoquista tenho pouco. E a máquina fiscal leva menos IVA e IRC, e isto, meus amigos, é serviço público. Deixar dinheiro cá é prejudicial para o futuro de todos nós, porque é como dizia o Zeca, eles comem tudo e não deixam nada. Temos de os curar com dieta.

Agora prendam-me.

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